Quando os dentes das arcadas superior e inferior não encostam ao morder ou sorrir, o diagnóstico costuma ser de mordida aberta. O problema surge ainda na infância e, se não tratado, pode afetar a saúde bucal. Isso sem falar que interfere na estética do sorriso e pode prejudicar a autoestima.
Um estudo feito em 18 estados brasileiros com crianças de 6 a 10 revelou que 15,85% têm mordida aberta. O número é significativo e contribuiu para um retrato importante: problemas de oclusão são mais comuns do que a cárie, por exemplo.
No caso da mordida aberta, um tratamento ortodôntico pode ser o suficiente para a correção. Entenda mais sobre o assunto a seguir.
Mordida aberta pode ser genética ou ter causas externas
De maneira geral, a mordida aberta pode ser observada de duas maneiras:
- Mordida aberta anterior – quando os dentes da frente não encostam;
- Mordida aberta posterior – no caso dos dentes de trás não se tocam.
Em ambos os casos, ela pode estar ligada a fatores genéticos ou causas externas. Quando é hereditária, a mordida aberta acontece porque os ossos do rosto crescem demais na vertical, deixando a face mais alongada.
Contudo, o uso prolongado de chupetas, mamadeiras ou da sucção de dedo pode ainda ser uma das causas da mordida aberta. O limite de uso deve ser os 4 anos, de acordo com o Conselho Federal de Odontologia (CFO).
No entanto, a amamentação durante os primeiros meses de vida é fundamental para prevenir a mordida aberta e outros problemas de oclusão. É que ela ajuda a fortalecer a musculatura e formar o osso da mandíbula corretamente.
Problema afeta não só a estética, mas a saúde
Pensar em mordida aberta é ter logo em mente dentes com má oclusão e um sorriso que não é esteticamente alinhado. Porém, esse é um problema que afeta não só a aparência, como também a saúde.
Quando uma pessoa tem mordida aberta, tende a sobrecarregar os dentes que se encostam. Isso tem consequências como desgaste e fratura. Além disso, pode haver perda óssea, retração da gengiva e até mesmo perda do dente.
E não para por aí: a mordida aberta pode atrapalhar até a fala. É que, nesse caso, a língua tende a ficar repousada entre os dentes que não se encostam.
Quanto antes tratar a mordida aberta, melhor!
Quando o assunto é saúde, ações preventivas são sempre o melhor remédio. E no caso da odontologia não é diferente. Portanto, pais e responsáveis devem observar a formação da arcada dentária infantil. Além disso, é indicado iniciar o acompanhamento com um profissional assim que os primeiros dentes de leite surgirem.
Dessa forma, é possível observar se tudo está correndo bem e, se necessário, realizar alguma intervenção antes que problemas como a mordida aberta se agravem.
Em crianças ainda muito novas, podem ser indicados aparelhos para impedir o uso de chupetas e da sucção do dedo. Entretanto, os pais devem incentivar que esses hábitos sejam deixados de lado. Em alguns casos, pode ser necessária uma psicoterapia infantil.
Já em pacientes mais velhos e até adultos, o uso de aparelho ortodôntico costuma ser eficiente para tratar a mordida aberta. Elásticos e outros elementos – até presos ao osso – podem ser recomendados.
No entanto, nos casos mais graves a cirurgia ortognática pode ser uma recomendação para corrigir o posicionamento de dentes e ossos.
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