Odontologia

Odontogeriatria: o que muda no cuidado bucal de idosos?

A terceira idade exige alguns hábitos novos e o cuidado redobrado com a saúde, incluindo a bucal. Nesse sentido, a odontogeriatria é a especialidade voltada para o cuidado de idosos, orientando sobre a prevenção e tratando problemas nos dentes e gengiva.

Mudanças no corpo e na rotina afetam saúde bucal de idosos

Com o passar dos anos, temos mais propensão a apresentar alterações não só fisiológicas, como também patológicas e psicológicas.

Isso leva a uma série de queixas como dificuldade de se alimentar e dor. O que, por consequência, faz o idoso preferir alimentos que não precisem ser mastigados, como os pastosos. 

Além disso, é comum idosos apresentarem mau hálito, boca seca ou com ardência, sangramento na gengiva e também dificuldade ou resistência para fazer a higiene bucal. 

Isso sem falar que idosos podem apresentar problemas motores ou de memória, e confusão mental. Por sua vez, isso dificulta a higienização correta da boca e favorecendo o aparecimento de problemas bucais.

O que também pode ser um fator de risco para idosos é o uso de medicamentos, que podem até mesmo favorecer o sangramento na gengiva, por exemplo.

Para se ter uma ideia, no Brasil, 92,1% dos idosos entre 65 aos 74 anos apresentam problemas na gengiva, de acordo com o Levantamento Epidemiológico SB Brasil.

Sendo assim, mesmo que o idoso use dentadura (prótese dentária), é necessário fazer visitas regulares ao dentista para observar a saúde da sua gengiva, a fim de evitar problemas ou tratar logo no início. Mas como tratar esses problemas?

Quais são os principais problemas bucais na terceira idade?

Como vimos, diversas mudanças afetam a saúde bucal do idoso, que requer cuidados especiais.

Os principais problemas bucais em idosos são:

  • Boca seca (xerostomia), que acontece por causa da redução na produção da saliva ou pelo uso de medicamentos.
  • Gengivite, por causa da sensibilidade no tecido mole, que o torna mais propenso a inflamações.
  • Sensibilidade dentária, como consequência da retração da gengiva, expondo a raiz do dente.
  • Mau hálito, que pode ser por causa da boca seca, má higiene ou alimentação.
  • Cárie de raiz, também consequência da exposição da raiz.
  • Periodontite, que é o avanço da periodontite.

Como deve ser a rotina de higiene bucal de idosos?

Segundo o Ministério da Saúde, o profissional deve observar as condições físicas para que o idoso realize a higiene bucal sozinho e orientar sobre as melhores práticas para cada caso.

Por exemplo, se ele apresentar dificuldade para realizar essa tarefa, será necessária a ajuda de outra pessoa.

Além disso, as orientações variam se o idoso ainda tem dentes naturais ou se usa dentadura, como veremos na sequência.

Higiene bucal com dentes naturais

Para idosos que ainda têm dentes naturais (mesmo que não sejam todos), a recomendação é que a higiene bucal seja feita com dentifrício fluoretado (pasta de dente com flúor). Isso, claro, sem deixar de lado o fio dental.

Além disso, o dentista deve realizar a limpeza em consultório (profilaxia). Portanto, é fundamental fazer visitas frequentes ao dentista, mais ou menos a cada seis meses.

Durante as visitas, o profissional ainda pode observar outros aspectos da saúde bucal e tratar o quanto antes. Assim, evita que essas questões evoluam e se tornem mais difíceis de tratar.

Rotina de higiene com dentadura

Já para os pacientes que usam dentadura do tipo móvel, a recomendação do Ministério da Saúde é limpar a prótese, fora da boca, com sabão ou pasta de dente específica.

Antes de introduzir a prótese na boca novamente, é importante realizar a limpeza adequada de dentes remanescentes, gengiva, céu da boca e língua.

Outra orientação é não dormir com a prótese. Durante a noite, o ideal é que ela fique em um recipiente com água e bicarbonato, ou outro produto que realize a limpeza e seja indicado pelo dentista.

Além disso, é necessário fazer uma avaliação periódica com um profissional de odontogeriatria para verificar se é necessário trocar ou ajustar a prótese.

Isso costuma acontecer quando o paciente apresenta irritação na gengiva, lesões ou dificuldade de mastigar por causa de próteses mal adaptadas.

Profissional de odontogeriatria pode tratar e orientar sobre queixas de idosos

Levando em consideração as queixas dos idosos relatadas, a odontogeriatria pode ser fundamental para a orientação e o tratamento desses problemas. 

Com a idade, os pacientes podem apresentar menor resistência à dor, maior irritabilidade e estresse, o que pode ser um problema durante as visitas ao consultório. Por isso, a odontogeriatria é a especialidade mais recomendada para o atendimento desses pacientes.

Na consulta, um ponto que o profissional de odontogeriatria deve observar é a dieta do idoso. Isso porque, caso haja dor ou desconforto ao mastigar, ele pode preferir alimentos mais moles ou pastosos.

Contudo, eles nem sempre apresentam a quantidade adequada de nutrientes. Sem falar que podem contribuir para a proliferação de bactérias.

Quanto ao mau hálito, é preciso observar diversos fatores como alimentação e hábitos de higiene. Para evitar esse problema, a indicação é realizar a limpeza correta da boca, incluindo a língua.

Outra queixa comum de idosos é a falta de saliva, conhecida como xerostomia. Ela é causada não só pelo avanço da idade, como também pelo uso de certos medicamentos e até a falta de ingestão de líquido.

O problema pode causar cárie, mau hálito, perda do paladar ou incômodo ao usar a dentadura. Para amenizar, o dentista pode sugerir a maior ingestão de líquido, o uso de lubrificantes, além de orientar sobre a dieta.

Uma dica para quem está na terceira idade ou tem parentes nessa fase da vida é fazer um plano dental.

Ele garante o atendimento a idosos, inclusive em casos de emergência. Além disso, dependendo do plano, pode ter coberturas como próteses. Conheça as opções da W.Dental e contrate agora mesmo!

W.Dental

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