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Endocardite afeta o coração e pode ter origem na boca. Entenda e saiba prevenir

Grande parte dos problemas bucais, como cárie e gengivite, são fáceis de tratar – e também de prevenir. No entanto, se o descuido se prolongar, pode levar a infecções que vão além da boca. Ao cair na corrente sanguínea, por exemplo, bactérias podem levar à endocardite, que afeta o coração.

Essa é uma doença considerada grave e que acomete, principalmente, quem já tem algum problema no coração, ou tem histórico familiar. Para entender melhor sobre o assunto, acompanhe as linhas a seguir.

Afinal, o que é endocardite?

Essa é uma inflamação que acontece na estrutura interna (endocárdio) e nas válvulas do coração. A região tem pressão sanguínea elevada, o que reduz a ação do sistema imunológico.

A causa da endocardite é bacteriana. A doença se desenvolve quando esses microrganismos caem na corrente sanguínea. Contudo, o início da contaminação geralmente é na boca, devido a sangramentos gerados pela má higiene bucal, ou mesmo em casos em que há sangramento durante a realização de procedimentos na boca.

Há também outras causas, como o uso de agulhas infectadas, o que é mais comum entre usuários de drogas. Além disso, quem tem cardiopatias ou histórico familiar de problemas cardiovasculares tem mais propensão a desenvolver endocardite, que é incomum em quem tem coração saudável.

Essa é uma doença grave, que pode surgir de maneira silenciosa e gradual. No entanto, pode levar à internação hospitalar e até mesmo a óbito por insuficiência cardíaca.

Sintomas de endocardite podem se confundir com outras doenças

Os sintomas de endocardite bacteriana se manifestam tanto de forma lenta e gradual, como podem surgir de repente. Eles são parecidos com os de outras doenças, até de menor gravidade. Portanto, quem tem doença no coração ou histórico na família deve prestar atenção aos sinais mais comuns, que são:

  • Dores musculares e nas articulações
  • Fadiga
  • Alterações na urina, como sangue
  • Febre alta e calafrios
  • Manchas na pele (geralmente vermelhas ou roxas)
  • Perda de peso não intencional 
  • Tosse permanente
  • Sudorese noturna
  • Sopro no coração

Tratamento da endocardite envolve antibiótico e até cirurgia

Para identificar a endocardite e recomendar o tratamento mais adequado, o médico costuma pedir exames de sangue, ecocardiograma e até mesmo tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Quanto ao tratamento da endocardite, é considerado difícil pela localização das bactérias e a lenta resposta imunológica. Contudo, isso torna alta a taxa de mortalidade pela doença.

Seu tratamento é com antibióticos administrados na veia por aproximadamente 4 semanas. Entretanto, em casos mais graves, como quando as bactérias afetam a válvula do coração, é preciso realizar uma cirurgia para colocar uma válvula artificial no lugar.

Prevenção da endocardite envolve boa higiene bucal

Para evitar que bactérias caiam na corrente sanguínea e possam causar a endocardite, a melhor solução é cuidar da higiene bucal. Além da escovação após as refeições, usar fio dental e manter visitas regulares ao dentista estão entre as principais recomendações.

Principalmente os cardiopatas, ou quem tem histórico de doenças cardíacas na família, devem redobrar os cuidados com a higiene bucal. Essa é uma das principais maneiras de prevenir a endocardite, pois evita o desenvolvimento e as complicações de doenças infecciosas, como a periodontite.

Além disso, ao passar por uma cirurgia odontológica, o paciente com problemas no coração ou histórico deve comunicar o fato ao dentista antes do procedimento. Com isso, o profissional pode pedir o uso de medicamentos preventivos à endocardite.

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